A grande questão a ser colocada é o que torna uma Marina Pública de fato, se sua utilização acontece de forma privada. Quais suas qualidades e equipamentos complementares e como se da sua relação com a cidade que  tornam ela um bem publico.

Não adianta apenas conceder o espaço publico a iniciativa privada, deve haver contrapartidas. Isso se dá tanto na elaboração do programa de necessidades e equipamentos complementares a serem criados, como na determinação clara na forma de sua operação. Deve ser pensado um conjunto de ações  que propiciem a população a se apropriar da Marina como um bem público de fato. Ela não pode se encerrar em uma garagem de barcos, com vagas secas e molhadas e sim, deve-se determinar a priori uma serie de atividades pertinentes e complementares que tragam essas características almejadas, como a sua integração com a cidade. Da mesma forma que uma atividade desse porte gera um impacto de trafego náutico, a cidade também irá ter que atender as demandas de transporte que agora se impõem e portanto algumas alterações na cidade são necessárias. 

Ao meu ver a Marina deve atender também tanto ao transporte de pessoas, seja ele normal ou de turismo, as atividades locais destinando espaço próprio a isso,  como a atividade de pesca e servir de suporte a atividade fiscalizadora e de coordenação de trafego, que no nosso caso cabe a Capinania dos Portos e abastecimento. Isso em complemento a garagem de barcos e serviços correlatos. Se outros aspectos como os culturais, do conhecimento, do aprendizado e historia fossem ai inseridos essa inter relação seria ainda mais clara e abrangente. 

Existem atividades lucrativas e não lucrativas e portanto ha necessidade de que exista uma postura publica em abordar as diversas atividades e incluir o que for pertinente na atividade principal de forma que ela ainda seja lucrativa, mas que os benefícios sejam bem maiores que a simples criação de empregos.