TG - Reurbanização de São Sebastião

No ano de 1996/7 Sob orientação do arq. Jose Magalhaes Jr, elabora o Trabalho de Graduação sobre a reurbanização de São Sebastião, cidade do litoral norte de SP e a implantação de uma Marina Publica.

Transportes

Premissas

No que tange a transportes, esse projeto visa também alterar e organizar de maneira adequada o transporte marítimo e terrestre, trazendo ordenação para os variados tipos de fluxo da área. Essa necessidade se torna explícita com a implantação da marina Pública e de Pesca e da ampliação portuária. Esses meios de transporte são basicamente três tipos distintos. Primeiramente temos o transporte mais pesado relativo ao funcionamento portuário. Esse por sua vez se distingue em três níveis, o marítimo, sendo relativo a chegada de navios de grande e médio porte, em segundo o transporte feito por rodovias onde no caso é prevista uma estrada de cota preferencial (cota 100) que articula o porto à baixada de Caraguá e a Estrada do Sol (hoje abandonada) e por último o transporte ferroviário que ligaria São Sebastião a São José dos Campos e ao complexo ferroviário (em estudo) que articula São Paulo – Campinas – Rio de Janeiro. Em segundo temos o fluxo marítimo de pequeno porte que abrange embarcações esportivas, de pesca e de transporte (balsa e “ônibus” Marítimo ) que é basicamente ordenado por balizas, rotas preferenciais e por torres de controle. 

Por último encontramos o transporte rodoviário de pequeno e médio porte. A nível primário foi tratado o transporte local, onde com a construção de um novo trecho de avenida se pretende melhorar as rotas de fuga, principalmente para a costa sul, mais extensa. Ao norte a ligação viária pela cota preferencial à baixada de Caraguá evitaria a necessidade de grandes alterações viárias.

A cidade hoje sofre problemas de transporte, onde o único meio é o rodoviário que pelas condições topográficas da região está confinado a uma única via que não mais suporta seu movimento. Existe a opção de se construir uma via de automóveis na cota 100, mas, por se tratar de um projeto de alto custo e por depender da retomada do projeto da Estrada do Sol, deve ser pensada como um projeto a longo prazo. Por outro lado, com a segura expansão do porto de cargas, talvez quando isso venha a acontecer, esse fluxo aliado ao incremento do transito de veículos faça que se concretize sua idealidade.

Para tanto a solução a curto e médio prazo é a separação das categorias de transporte, incrementando e implantando sistemas de transporte público e de cargas por via marítima. 

Nesse âmbito é proposto a ampliação do transporte marítimo público de pessoas, por ser um transporte muito mais barato, que se torna viável em tempo diante das dificuldades de acesso que a serra e as condições da estrada imputam. Visando atender a toda a costa do centro até São Francisco, ao norte do município e Baraqueçaba, ao sul, esse será classificado e dividido em sub regiões, onde temos barcos fazendo pequenos trechos e alguns cumprindo todo o trajeto dando ênfase a maior circulação. Seu ponto estratégico se dá diante do centro velho onde se localiza a Marina Pública. Esse transporte deve também abastecer pontos estratégicos na costa Sul e Norte e deveria abranger os principais vilarejos da Ilha Bela, inclusive os mais afastados, se tornando

uma forma de comunicação mais eficaz e menos devastadora que a abertura de estradas para alcançar tais pontos. Nesse momento também pensamos nesse transporte como uma possibilidade de turismo, onde o transporte público facilita o acesso a lugares peculiares e inusitados, sem comprometer de forma definitiva a cultura local, o que o advento de uma estrada muitas vezes promove.

Como questão última e como prerrogativa teórica para se pensar fluxo e transporte, devemos colocar que existe a necessidade de se separar os transportes de diferentes escalas e tratá-los de forma diferenciada dentro de alternativas possíveis. Cada tipo de transporte tem suas características particulares e seu perfil quanto ao que se dispõe melhor a transportar. Devemos

portanto classifica-los, assim como estabelecer linhas de comunicação diferenciadas a cada tipo de comunicação pretendida e estabelecer a velocidade necessária a esta. Deve por conseguinte ser feito um trabalho de gerenciamento que visa a resolver e ordenar os pontos de conflito, não de forma só a suprir necessidades atuais mas futuras, pois como seu tempo de implantação é a longo prazo e seu custo é elevado a ponto de ser quase que impossível haverem alterações. Os transportes só podem ser pensados como um todo e tendo em vista um desenvolvimento factível projetado.

Necessidade de se separar o transporte publico de massa e de carga do transporte particular via automóvel. 

Transporte público de massa, se divide em duas classificações 

Local – ênfase ao transporte via marítima /   Inter municipal – Caraguá- via marítima 

– São José dos Campos – Via férrea vinculada ao transporte de carga 

– Bertioga, Santos Ônibus em primeira ordem e via Marítima em segunda

Transporte de carga relacionada ao abastecimento da cidade e ao Porto.


Abastecimento de pequena ordem e informal (local ) – em conjunto com o transporte público de massa
Abastecimento comercial – em conjunto quando possível com a via férrea
Abastecimento do porto – Via Férrea vinculada a SP RJ e Br116 e todo o complexo vinculado a região de São José
dos Campos. Transbordo rumo Santos ou até mesmo Rio de Janeiro. 

Marina Publica

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